A música e seus elementos básicos

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

Das primeiras manifestações musicais à definição da música e seus elementos básicos, constatamos que quanto maior o conhecimento, maior a apreciação através dos discernimentos provindos de seu estudo.
Nas manifestações humanas em nossa história o ser humano, desde o princípio começou usar sons para exteriorizar pensamentos, emoções e comunicar-se. Os materiais eram rústicos e desprovidos de refinamento. Eram tais como ossos, conchas, madeiras, sementes, pedras, bambus etc.  “Com a evolução, ele procurou agrupar diferentes tipos de sons que tivessem relações entre si, formando uma harmonia sonora.” Porém, apesar de pouco melodiosos, garantiam, através de ritmos, o aspecto socializante do coletivo que se dava em torno da família e tribo. Somente após o surgimento da linguagem é que o canto foi associado aos sons e ritmos, cerca de 9000 antes de Cristo.  “A partir desse período, com as ferramentas de pedra polida, foi possível fabricar objetos sonoros afinados na altura desejada, permitindo então o desenvolvimento de uma civilização musical.”
A música possui uma evolução histórica e portanto diferentes tipos de classificações como: clássica, folclórica, incidental, programática, etc. Foi na Grécia, berço ocidental, que surgiram as primeiras manifestações de um público consciente, tornando-se erudita e cada vez mais complexa, tendo culminância de expressão nos séculos XVII e XVIII em teatros de óperas e concertos públicos.  “Muitas atividades estão desenvolvidas na arte musical, como a criatividade do compositor, a elaboração e construção dos instrumentos musicais, a dedicação e o estudo dos intérpretes para executar as obras, a formação das  orquestras, as salas de concerto”, (...) etc. A escrita da música é universal. E a partitura é o nome que se dá ao registro do conjunto de notas de uma determinada melodia. Seus sinais gráficos podem mudar de configuração conforme a época de um compositor em grafar seu estilo musical.
Os elementos básicos da música caracterizam-se quanto a movimentos sonoros, ritmos diferenciados, harmonia, melodia. Mas essencialmente são melodia, ritmo e harmonia e todos são interdependentes. A melodia mantém a característica da cantabilidade, pois apresenta frases, expressões lingüísticas e movimentos ondulatórios em sua estrutura para narrar a letra de uma canção.  “O esquema da estrutura da melodia na canção pode ser repetitiva ou não repetitiva. O tipo repetitivo está mais freqüente nas músicas populares, em que o texto é modificado mantendo a mesma melodia. Essa é chamada canção com variação estrófica.”
As escutas do século XX trazem a liberdade harmônica, conhecida como atonalismo.  “Atonalidade significa a ausência total de tonalidade, fazendo uso das 12 notas de escala cromática, dando importância a todas as notas, sem a força da atração para o centro tônico.” E é nesse contexto que na música eletrônica ou concreta, o tradicional perde sentido e dá espaço à criatividade, ao teórico e ao mundo afetivo dos compositores.