A Música Ocidental e sua História

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

É impossível conseguirmos olhar para uma obra musical ou ouvi-la sem a noção de processo histórico. A evolução da música agrega influência de seus contextos, o que não significa que ela esteja determinada pelo seu tempo.
Existe uma procura por sistematicidade na evolução da música. No entanto, alguns estilos manifestam-se antes de seus períodos, o que nem sempre é aceito ao primeiro momento, tal qual acontece também com as pinturas  “(...) a permanência de determinadas obras ao longo do tempo evidencia a sua autonomia e a densidade dos seus aspectos universais.”
Nossas obras musicais, assim como demais artes sempre estiveram a serviço de algum mantenedor ou instituição religiosa. Na idade média (500-1450), por exemplo, no período românico  “a arte não era feita para ser apreciada: era objeto de culto, com o propósito de ensinar e estimular a fé, compelindo o indivíduo à religiosidade.” O autor que destaca-se nessa época foi o monge Guido d’Arezzo, grande teórico da música sendo que arte a vocal era predominate (século XIII e XIV).
Com o objetivo de humanizar as artes surgiu o período renascentista (XIV a XVI), onde o ser humano voltou a ser ‘o centro e medida de todas as coisas.’ Nesse período  “(...) a música transformou-se em um laço entre o povo e religião, criando uma familiaridade que favorecia a aproximação com a fé.” Através de Martinho Lutero há mais valorização à riqueza da polifonia horizontal, sendo que melodias populares foram adaptadas aos corais sacros da época e os instrumentos fizeram-se mais presentes.
Entre 1600 a 1750 inicia-se o período Barroco onde há vários estilos musicais crescentes em diversidade de instrumentos e formação de orquestra, onde surge também o solista e o conceito de melodia acompanhada. Destaca-se aqui, o músico Vivaldi (1678-1828), a música é o estilo que sucede o Barroco e tornou-se mais simples, sem muito rebuscamentos, preferindo reforçar a linha melódica principal com clareza e elegância.
Entre 1810 e 1910 no período do romantismo surgido na Alemanha, passou a ser adotado pelos músicos, designando novo estilo de composição como arte de expressar os sentimentos por meio de sons. Também surgiu nessa época a busca da identidade nacional (folclore). Enfim, o modernismo, na primeira metada do século XX nas artes influencia a música rompendo com formas tradicionais e clássicas, valorizando estados de espírito e emoções através do impressionismo e expressionismo, assim como o Dodecafonismo, etc.
Os compositores que se destacaram dessa época são: Igor Stravinsky, Maurice Ravel, Arnold Schoenberg  e  Heitor Villa-Lobos, entre outros artistas renomados.